domingo, 12 de julho de 2009

Invertendo a ordem...

 Maria Rita - Encontros e Despedidas



Acho que o tema despedida sempre é difícil, dizer adeus nunca é fácil, mas acredito que não exista um "adeus", mas um até logo, sempre que encontramos alguém, uma parte dela fica conosco, se fica conosco nunca vai embora, se não vai embora...não é adeus.
As vezes precisamos dizer adeus, independente da vontade que se realmente tem, independente de ter outra opção, nessas horas sempre fica a duvida, será que vai ficar tudo bem? será que a falta será notada?
É difícil saber, mas acho que o segredo é viver da melhor forma possivel, sem esperar por recompensa ou gratidão.
Amar sem restrição, viver com intensidade, doar-se, magoar-se, arriscar,feridas, mágoas, lágrimas e solidão, tudo isso faz parte da vida, se preciso for, repetir o ciclo infinitamente, sem embrutecer, sem perder a fé, sempre em frente.
O unico limitante é o tempo, nunca se tem de sobra, a eterna luta, sempre tentar fazer andar mais devagar pelo menos, no final o bem mais precioso.
Mais tempo para passar entre os queridos, para os últimos acertos, como diria Lulu Santos "...hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos...".



Queria mais tempo...








" Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida.
Em tudo quanto olhei fiquei em parte.
Com tudo quanto vi, se passa, passo.
Nem distingue a memória do que vi do que fui."
Fernando Pessoa.




terça-feira, 7 de julho de 2009

Day After

Como dizem por ai, nada como um dia após o outro...Nem sempre.
Acredito que muitas vezes a vida é uma sequencia de momentos lúcidos e momentos de "transe", não vejo como sendo um risco ou problema, não enquanto houver equilibrio, mas equilibrio sempre falta, sempre faltou.

Cada dia isso fica mais claro, essa lucides, a cada dia que passa fica mais frequente e quase sempre esmaga a ilusão... a fuga, fuga da realidade, que em momento algum é da forma que deveria ser, não conforme o idealizado, não conforme o desejo, isso não é uma apologia a utopias, pelo contrario, é apologia aos IDEAIS, ter ideais, lutar por eles.

Nesse momento é muito contraditório, lutar por momentos melhores empurrado por momentos ilusórios, uma mascara bonita para uma realidade que não entusiasma.
Não "pretenciono" grandes aventuras, nem grandes emoções, mas gostaria de provar o sabor da real liberdade, de viver por completo, de voltar a ser um individuo livre na essência, um espirito livre, e mais contraditorio ainda a isso tudo, é o desejo de encontrar um lugar, de saber que pertenço a um lugar.

Era para ser mais alegre, mas ainda não foi...
No proximo com certeza!
;)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fechamento do mês...

É dificil, realmente muito dificil conseguir parar e escrever alguma coisa, cada dia é mais escrever sobre a vida, cada dia que passa menos vontade tenho de pensar sobre, quanto menos escrever.

Percebo que essa busca pelo entendimento da vida, tornou-se uma tarefa muito desgastante e cansativa, tornou-se um "cancer" silencioso, que aos poucos e lentamente devora todo animo e desejo.

Me arrisco que em dizer que grande parte do tempo a ignorancia é uma virtude, morrer na ignorancia se possivel fosse, como diz o ditado, "oque os olhos não veem o coração nao sente", tomo a liberdade e complemento, "oque os olhos nao veem nem os ouvidos ouvem, tortura menos a alma", não tenho responsabilidade nenhuma em ser uma modelo, referencia ou qualquer coisa do genero, pelo contrario, meu compromisso é comigo mesmo, minha loucura é procurar por onde ando por um unico sinal de esperança, um unico motivo de acreditar que é apenas a minha vista que esta embaralhada, mas cada dia que passa, perco mais minha fé.

Cada dia compreendo mais todos estes que acabam se entregando a "anestésicos", como ja me disse uma amiga "é a dor de alma, e essa nunca passa", por um tempo até passou, entorpeceu, entortou a realidade, parece que no fim é esse meu castigo, ficar preso na realidade, um tipo de maldição de Judas ou algo semelhante, a tortura do tempo nao seria nada sem a memoria e sem a consciencia, somente ver nao é o bastante se nao entende tudo que acontece ao redor.

Acho que essa é a minha função, ficar preso a essa realidade e seguir procurando o ponto onde tudo se liga, o ponto onde algo deverá fazer sentido, até lá, não vejo motivo para crer que ainda tem há algo que vale a pena.



Torradinha amiga do peito.